Projeto Cerrado-Jalapão realiza Workshop Internacional para definir Índice de Severidade de Queimadas para o Cerrado

Uma das atividades do Projeto Cerrado-Jalapão é o desenvolvimento de uma metodologia de classificação da severidade de incêndios em áreas de vegetação nativa no Cerrado, para poder medir os impactos das queimadas na biodiversidade e nos ecossistemas. Por esse motivo, o Projeto organizou uma Oficina sobre “Severidade de queimadas e respostas ecossistêmicas: implicações para a conservação e manejo da biodiversidade em ecossistemas de savanas” nos dias 11, 12 e 13 de dezembro de 2012, em Brasília. O evento reuniu cerca de 70 profissionais que atuam em áreas relacionadas a ecologia do fogo e sensoriamento remoto no Brasil e em outros países.

Entre os participantes nacionais, destacam-se os parceiros do projeto, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semades) e Instituto Natureza do Estado do Tocantins (Naturatins), e pesquisadores de diferentes universidades federais, como a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade de São Paulo (USP).

Entre os internacionais, o evento contou com a presença da gerente de fogo do Krüger National Park (África do Sul), um especialista em ecologia do fogo em savanas do norte da Austrália, um representante da Administração Nacional de Oceanografia e Meteorologia (NOAA) dos Estados Unidos, pesquisadores de universidades norte-americanas e alemãs, além de um representante da Agência Espacial da Alemanha (DLR).

O objetivo da Oficina foi discutir o impacto do fogo em ecossistemas savânicos e compartilhar metodologias de cálculo deste impacto no campo, com aplicações de sensoriamento remoto, além de fazer recomendações para a criação de um sistema de informações, para apoiar a tomada de decisão na gestão da conservação da biodiversidade e o aprimoramento dos sistemas de monitoramento de queimadas e cálculo das emissões para o Cerrado.

Durante os três dias de evento, foram levantadas questões importantes sobre o fogo e queimadas, como a elaboração de um mapa de vegetação para cada fitofisionomia do Cerrado, categorizando os tipos de combustíveis segundo a sazonalidade, a umidade e os fatores de emissão de gases de efeito estufa (GEE). Também foi discutida a necessidade de se definir um índice de severidade usando imagens de satélite e validações no campo.